quarta-feira, 9 de junho de 2010

Tristeza não tem fim

Não... eu não estou triste, mas amo esse sentimento, pela forma peculiar dele nos tornar mais humanos.
É triste ver as pessoas fugindo da tristeza, como se ela fosse matar, quando na verdade morrer de tristeza pode ser uma das formas mas sublimes de renascer mais forte.

É na tristeza que o desabafo se torna mais verdadeiro.
É na tristeza que a dor ensina,
É na tristeza que as lágrimas lavam a alma.
É na tristeza que aprendemos a nos amar mais.
É na tristeza que Radiohead tem mais sentido.

É, pode parecer depressivo, mas eu não estou falando de desespero, não estou falando de doença, mas sim daquela dorzinha que dá no peito quando a saudade parte o coração.
Estou falando do aperto que dá quando você vê uma criança te pedindo um cigarro, ou um dinheiro pra comer e você pensa se vale a pena ou não tentar mudar algo.
Estou falando da dor da desilusão, seja ela qual for.

Porque quanto maior a saudade, maior é a satisfação do reencontro, quanto maior a indignação, maior é a vontade de mudar, e quanto maior é a desilusão, maior é a força pra correr atrás, ou até mesmo de virar a página...

Quem vive a tristeza sabe valorizar a felicidade...
E o que seria do mundo sem poesia?
E o que seria do poeta sem tristeza...

Não precisam concordar comigo, mas se sentir vontade de chorar, chore.
De sumir... suma...
Mas não sufoque a tristeza... aí, só assim ela pode te fazer mal...
Tristeza, não combina com amargura...

Tatiana da Silva Castanheira Rodrigues Siqueira

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